
O Ministério da Saúde ampliou a oferta da vacina meningocócica ACWY no SUS (Sistema Único de Saúde) para crianças de 1 ano. O esquema vacinal inclui duas doses da vacina meningocócica C, aplicadas aos três e cinco meses, e um reforço aos 12 meses. A partir desta terça (1º), esse reforço passará a ser feito com a vacina ACWY, que oferece proteção ampliada contra os sorogrupos da bactéria causadora da meningite.
Crianças que já tomaram as duas doses da vacina meningocócica C e a dose de reforço não precisam receber a ACWY neste momento. Já aquelas que não foram vacinadas aos 12 meses poderão receber a dose de reforço com a ACWY.
No ano passado, o Ministério da Saúde lançou as Diretrizes para o Enfrentamento das Meningites até 2030, elaboradas em parceria com a sociedade civil e com organismos nacionais e internacionais. O documento está alinhado ao esforço global conduzido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para o combate à meningite bacteriana.
No SUS, a vacina meningocócica ACWY era ofertada a adolescentes de 11 a 14 anos, em dose única ou como reforço, conforme o histórico vacinal. O Brasil registra em 2025, até o momento, 4.406 casos confirmados de meningite, sendo 1.731 do tipo bacteriana e 1.584 do tipo viral, além outras 1.091 por causas ou tipos não identificados.
Outras vacinas disponíveis no SUS, como BCG, penta e pneumocócicas (10, 13 e 23-valente) também ajudam a proteger contra formas de meningite. A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal.
Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, mas também pode ter origem não infecciosa, como em casos de câncer (com metástase nas meninges), lúpus, reações a medicamentos, traumatismos cranianos ou cirurgias cerebrais.
No Brasil, a doença é endêmica. As meningites bacterianas são mais frequentes no outono e no inverno, enquanto as virais predominam na primavera e no verão.
Em geral, a transmissão ocorre de pessoa para pessoa, pelas vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Também ocorre por via fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados e contato com fezes.
BN