Aumento de casos de coqueluche acende alerta na Bahia

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 Foto: Ilustrativa/Freepik

O aumento de 56,2% nos casos de coqueluche – infecção respiratória, transmissível e causada por uma bactéria -, ligou o sinal de alerta no Ministério da Saúde. O cenário ainda está sob controle, porém, os órgãos de vigilância sanitária já começaram a se movimentar para impedir um possível surto da doença.

Na Bahia, por exemplo, a Secretaria de Saúde Estadual (Sesab) da Bahia recebeu 18 notificações por suspeitas dessa doença, em 2024. Desse número, 14 foram descartados por critério laboratorial, três encontram-se em investigação e um caso foi confirmado, no mês de maio, num bebê de cinco meses que evoluiu para a cura.

Devido ao crescimento de registros dessa doença, no Brasil, que, entre janeiro e junho deste ano saltaram de 217 para 339 – em comparado ao mesmo período de 2023 -, o Ministério iniciou, na terça-feira (30), uma mobilização com o objetivo de fazer com que população recorra ao esquema vacinal, principal forma de prevenir a coqueluche.

No entanto, embora seja disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o imunizante não está disponível para todos os públicos. Quem explica mais sobre esse tema é a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Sesab, Vânia Rebouças.

“Na Bahia, a gente tem a vacina Pentavalente, que previne a coqueluche e é ofertada para bebês, num esquema de três doses, sendo aos dois, quatro e seis meses de idade da criança. Mas há, também, as doses de reforço que são dadas através da vacina conhecida como DTP, para crianças de 15 meses e quatro anos. Bom lembrar que é importante procurar uma unidade de saúde, levar a carteira de vacinação para verificar se estão todas em dia”, pontuou.

Ainda de acordo com Vânia, profissionais da área de saúde que atuam com ginecologia e obstetrícia, pediatria, neonatologia, parteiros (as) e aqueles que trabalham em creches ou berçários que tenham crianças até quatro anos, também têm direito a serem imunizados, já que atuam diretamente com recém-nascidos e bebês, públicos mais vulneráveis a serem infectados pela coqueluche.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), nos seis primeiros meses deste ano, a taxa de cobertura vacinal, em Salvador, para os imunizantes que previnem essa infecção ficou da seguinte forma: pentavalente (62%), DTP 1º reforço (61,4%) e DTP 2º reforço (76,5%).

Grávidas

A coordenadora de imunização da SMS, Taciana Matos, também concedeu entrevista ao MASSA!. De acordo com ela, as gestantes também são prioridades desse esquema vacinal. “A gente ainda tem uma adesão baixa por parte das gestantes, uma média de 66%. A vacina garante que ela e o recém-nascido fiquem protegidos, porque através da placenta, ela consegue passar o imunizante para o bebê. Mas, infelizmente, ainda há muitas gestantes que têm receios de tomar vacinas durante a gravidez, muito por causa das fake news. Mas quando ela toma esse imunizante que evita a coqueluche, o bebê nasce mais exposto a contrair a infecção”, explicou Taciana.

A profissional também completou que os imunizantes estão disponíveis em todos os 164 postos de saúde da capital baiana.


Fonte: Portal da Massa

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